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Um quarto vazio, um pensamento vazio, um corpo vazio. Um futuro vago.
As mãos procurando por outras mãos, acariciando uma alma pobre.
O cinza do dia dando uma cor saudável à vida esquecida.
No canto, o espelho a retratar uma imagem distorcida da bela garota.
A janela velha está aberta, o vento assovia a antiga canção de ninar.
O rosto sem expressão é aquecido pelas lágrimas.
Um escuro trazendo claridade a mente, a mente trazendo os sentidos.
Um barulho pequeno, um susto, um choro. Um coração surrando carícias
à sua alma.
Marina Ats